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preparam a tocaia
na toca da cobaia
sangue em lama
escorre pelo córrego
quem será o próximo alvo?
ninguém será salvo
nem tendo boa conduta
aqui no sertão
quem rege a lei é o vencedor
no fim de cada luta
chame seu lampião
chame seu corisco
pra dar cabo da vida
daquele capitão
diacho de tirano!
vão acabar com a maldição
desse maldito fulano!
justiça será feita
é na ponta do facão
ou da peixeira
sujeito homem
não treme na hora da ação
me chame de seu corisco
me chame de seu lampião
boiadeiro
peão
sem itnerário
e paradeiro
o cavaleiro
guerreiro
vingador do povo
contra o império dos coroné
venha seu cabra explorador!
não fuja correndo pelo corredor!
que eu vou no teu encalço
pode vir com seus capangas
que meto-lhes neles um balaço
como eu já disse
e vou repetir:
sou o vingador do povo
e nunca mais quero lhe ver
por essas bandas de novo
essas terras pertencem ao nosso povo!
senão for cumprido
o prometido
eu prometo que não lhe deixo vivo
e teu corpo
malfeitor
será todo carcomido
pelos mosquitos.
*Para ler ao som de Chico Science & Nação Zumbi.
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FELIPE REY
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5 comentários:
Engana-se quem pensa: Tiradentes! Tiradentes foi escolhido vítima para cotar história ao poco de um movimento elitista. Lampião, Corisco, Conselheiro e Lamarca - eles são nossos heróis!
Inspirador esse poema, meu camarada!
Grande abraço!
Você é muito mais que bom, você é uma raridade original.
Na aridez dessa paisagem, brilham punhais de prata.
OnO
boa, bicho!
"justiça será feita
é na ponta do facão
ou da peixeira
sujeito homem
não treme na hora da ação"
fortíssimo!!! dita a lei.
fantástico seu poema Felipe,
muito movimento, cor. Adorei!
beijão!
Tá contado a minha história, verdade , imaginação, quem quiser andar comigo tem que aprender esta lição, que assim mal dividido este mundo anda errado , que esta terra não é de Deus nem do Diabo
Se entrega Corisco...
Beijos
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