quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

IN PRESSÕES

sobre o livro Visceral 
de Felipe Rey

por Diogo Mitzrael



“arte é transformação
não entretenimento”

A poesia além de todas as funções sociais serve intrinsecamente para desmistificar o próprio habitat com o objetivo de desnaturalizá-lo. A geografia gráfica fica entre os espaços entre as palavras e não há como desviar dos atalhos. A floresta é de uma árvore só, mas com centenas de galhos. É demasiado necessário entrar no mato e tomar as saboradas flechadas de espinhos dos tupiniks, que vem de todos os lados. 
A linguagem peculiarizada do autor é a própria bocada, a feira das feras. O Fluminense é o clube-fênix, muita paz e pó de arroz no noticiário. O Corinthians é citado se não é pela derrota, pelo comparecimento. Os urubus estão no telhado sambando. O eufemismo é a figura tímida que o poeta em primeira instancia pulveriza. A praga da palavra é o mesmo eufemismo, Graças a deus o impesticida é a própria poesia. Melhor que fazer amor, é foder gostoso numa guerra. A sexualidade se despe de todas suas vestes, se despe até da pele, da sua própria pele. A Augusta, de manhã é uma menina virgem e bela e a noite vira puta bicuda. Eu hein, o que posso dizer? o eu é nós. Pra mim chegou.

1 comentários:

maybe disse...

I'm appreciate your writing skill.Please keep on working hard.^^

 

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