quarta-feira, 29 de junho de 2011

olha onde a onda veio parar

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olha onde a onda veio parar
na calçada
no meu olhar
vejo tudo embora nada
outro destino
saúdo madrugada

saudade de alguém
eu conheço muito bem
doida de qualquer trem
já vem

passada
foi passando
à primeira vista
da carne dela
fui me alimentando

hoje estou à espera
navega
meu verso malocado
em busca da nega
do meu fado.





Felipe Rey






*OBRA DE MANUEL GANTES.
 

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