terça-feira, 1 de julho de 2008

TROPEÇOS DE UM ÉBRIO




Um dia me perdi
bêbedo
em becos e botecos

me embriagando pra matar o tédio
beijando bocas que eu nem sei o nome
mas
no fundo fiquei
queimadurando de solidão

já faz tanto
que eu quebrei o gesso da decência
rasguei as ataduras
da babaquice

alguma-coisa-que-eu-não-sei-o-que-é
quer
me estrangular
talvez
um tal destino-esganadura
quer trucidar esse estranho-eu

ainda me perco
beberrão
alegre
pelos becos e botecos

a felicidade é uma cana de aguardente
isso eu entendo

e eu agora caído na quina
da esquina
desta rua
afogado com meu sono etílico

um gato preto deita em cima de mim
e lambe minha testa.


FELIPE REY

5 comentários:

ਏਓLú Limaਏਓ disse...

Caro Felipe! seu blog tá show e muito inteligente! virei mais vzs para ler! continue sempre em frente, nunca desista persista! se de mil leitores pelo menos um tirar proveitos das palavras! vc terá já feito sua contribuição a divulgação da poesia! abçs! Felicity

DBorges disse...

Felipe,
bons poemas
boas ideia
continue na caminhada.

. beijo!

Renatus Pub disse...

Parabéns Guri, belos poemas!!!

Um forte abraço e sucesso

Adriana disse...

Muito legal seu blog! gosto muito de seus poemas são diferentes,pois falam de sentimentos contemporaneos e bem realistas,virei sempre visitá-lo.prabéns.bjs

Maurício PCB/UJC/RJ disse...

Não tinha como ser diferente...
Carinha genial com os belos versos e as mais loucas idéias!
Salve a poesia suburbana!
Vivas ao Rey!

 

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