terça-feira, 1 de julho de 2008

INVERNAL

Você mexeu com a
minha insônia
revirou todo o meu
arquivo confidencial
confesso não estar ligando para isso

Sou como a tua
roupa transparente
sou a saliência da sua calcinha
se depender de mim
baby meu bem
você nunca vai ficar nas mãos
sozinha

Me leva
até aquela adega
espera eu pegar o meu casaco
adoro o jeito
como você amarra o meu coturno
deixa eu ser a sua a tua terceira pele

Bebericamos
e confabulamos
sobre o que somos no mundo
sobretudo
não somos nada

É melhor
um pernoite
nesta pensão
neste motel
voltar para a prisão
daquele apartamento
não

Em breve
eu morrerei adormecido
e entorpecido nos teus braços
um beijo selando
nosso reencontro ao além-espaço.


FELIPE REY

2 comentários:

Cris de Souza disse...

Delícia de versos.

Liza Leal disse...

Na verdade, bebericar e confabular... Entorpecer-se nos braços de alguém Q SE QUER BEM é msmo fantástico. Me lembra mto as coisas do Cazuza. =)

 

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