segunda-feira, 18 de agosto de 2008

AVISO


.
Aviso
não chegue perto de mim

procure nunca falar comigo

especialmente hoje
estou armado
calibrado
de ódio

(ódio
meu ópio)

meu fuzil apontado
na tua cara
munição cheia

quero expor
todos os demônios
dentro de mim

estou sabendo tirar
proveito desse inferno

minha morada
meu antro
particular
lar
residência
que me escondo
me tranco

lugar
em que eu projeto
a vontade de
me mudar
me matar
de vida

existirá alguma saída

minha casa
meu antro
minha alcova
minha cova


caso pense
se aproximar
sinta pavor da minha presença

melhor não

CUIDADO
CÃO FEROZ

eu sou o cão
o diabo
o exorcista
o assassino
o terrorista
o genocida
o suicida
qualquer coisa ruim
que você quer que eu seja
esteja

aonde estiver

antes de me acabar
eu vou
te destruir
primeiro.







FELIPE REY

7 comentários:

Unknown disse...

Aqueles que teimam em se auto-destruir dificilmente lançam aos céus a sua vocação em reluzir.
Altamente pesado, em trevas e assustador é paradoxalmente a perfeita descrição de um momento de profundo rancor. Mas que passa longe da verdadeira aura, da intensa e pura alma, da grandiosa personalidade que no poeta reside: SERENIDADE E PAZ!

Shantall disse...

punk
x]

volto

Bina Goldrajch disse...

Muito bom :)

Unknown disse...

As palavras de vynha já falam por si só.
Não se faz necessário repetir a ideia que foi passada por ela.

;)

Jessiely Soares disse...

eu não estive aqui.

:)

Unknown disse...

Poeta, esta sua poesia reflete uma dor, uma agonia, e como tudo passa nesta vida, ela também passará....
Beijos de quem descobriu que só amar é que vale a pena, mesmo que não sejamos compreendido, que sejamos maltratos pela vida, haverá o dia em que tudo tornará somente entre Deus e vc.
Rita

Claudio Daniel disse...

Gostei deste poema... abraço,

CD

 

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