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eu te amo amor
e circunvagarei absorto
pelas ruas sujas aromatizadas à urina
e detritos.
em nódoas marrons
a flor da sua face despetalou
no átimo em que eu mirava seus olhos
sob a força da fixação.
eu não te amo amor
apenas acometo-me a escrever
versos de vômito e sopro –
algo que me sobra de surpreendente
mesmo eu estando na entressafra da inspiração.
eu amor
rasgarei a seda e o algodão
entredentes
de pronto
soltarei brados estridentes
na secura da minha colheita
beberei a aguarrás da solidão
inclusive
me recusando a implorar o teu perdão.
FELIPE REY
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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3 comentários:
Cara... muito maneiro....ácido , bacana....continue sempre assim mestre!
Um amor rascante.
Abraços.
demais unico e sincero
uma baita inspiração
uma corrente quente e fria.
escreva sempre!
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