segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

epístola ao divino e gomorra



 .


toco o corpo
eu cresço
mulheres nuas
sortidas em confetes genitais
entram em meus membros
ouço o canal de vozes nauseabundas
executando o sim e o não o sim e o não
o sim e o não som e o não o sim sim sim sim sim não não
não não não não não não ão ão ão ão ão im im im im im im im im
a rosa só precisa beber meu sumo
sinta que os mosquitos mordiscam tua carne-fátua
desculpas para amasiar o prazer com a própria rotina
sexo em versos
todos nós somos escárnio folia fogo cólera cólicas boleros putas merda
porra e qualquer semelhança com a obra
feita pela maçada de mendigos crackeados
que odeiam ser levados pela correnteza da casa
será mera consciência
será mera consistência
da prisão que nos impede de ficarmos só
mas quando todos ousarem amor
sons de uuuhhh ohhhh hhhhhhmmmmmm óóóóóóóóóóóóó
varando minha caixa de memória
tocando o corpo e pessoa
crescendo num vôo para o Nepal
minha morena
aqui encerro essa estelar missiva
gozando esse poema




- Felipe Rey -
Felipe Rey Rey

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