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“Aquela chama gostosa que o devorava, ele não sabia mais se era de maldade ou de bondade. O Bem e o Mal, o Bem deles e seu próprio Mal; era a mesma coisa.”
Jean-Paul Sartre
Na fronte do artista
havia uma musa nua
de alma fumegante
que empertigava a
cabeça do poeta
com suspiros, espirros,
espasmos de inspiração.
Ele sentiu-se repuxado
por um gládio divino
da beleza mística da musa.
Sobretudo, não conseguiu defini-la!
O que era o mal da verdade?
Ou o bem da mentira?
A miragem mira-se no veio da invenção.
Deste modo, a razão é dispensável.
Os dois deixam-se levar
por uma barafunda de afãs, afagos
e pensamentos isentos de discernimento.
Eles abandonam o cotidiano estável
e se lançam ao vento mutável da paixão.
FELIPE REY
1 comentários:
Você é sensual na poesia como a Cris de Souza, os versos e os olhos dela.
Poesia com "olhos de cigana oblíqua e dissimulada.
Eu não sabia o que era obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim."
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